CONSUMO DE PLASMA FRESCO CONGELADO NA UCI DO HOSPITAL GARCIA ORTA ENTRE 1995 e 1999

José Delgado, Ricardo Rodrigues, Pedro Póvoa, Antero Fernandes, Pedro Moreira, Rui Mealha, Eduardo Almeida, Henrique Sabino

 

Unidade de Cuidados Intensivos

Hospital Garcia de Orta

Almada

Portugal

 

nop62146@mail.telepac.pt

 

 

Introdução – A utilização e indicações do PFC tem sofrido diversas alterações nos últimos anos.

Objectivo – Analisar o gasto de PFC entre 1995 a 1999.

Material e Métodos – Foram analisados retrospectivamente os gastos (em escudos) e o consumo unitário dos diferentes componentes sanguíneos: sangue total (ST), concentrado eritrocitário (CE), concentrado plaquetário (CP), crioprecipitado (Crio) e plasma  fresco congelado (PFC).

Resultados – Foram analisadas 9014 transfusões nos últimos 5 anos assim distribuidas: PFC=5059 Unidades (U), CE=2616 U, CP=771 U, Crio=310 U  e ST=258 U.  De todos estes produtos o  mais transfundido foi o PFC e o  menos utilizado o ST. O consumo anual de PFC entre 1995 a 1999 foi respectivamente: 1907, 1191, 983, 577 e 401 U. Neste período, houve uma redução de mais 1500 U, verificando-se uma diminuição de 79%. A nível económico traduz uma poupança de 20 milhões de escudos. O gasto dos outros componentes sanguíneos manteve-se constante.

Conclusões Pela sua elevada utilização, o PFC deve estar indicado em situações clínicas bem definidas, deve ser utilizado de acordo com os critérios estabelecidos como qualquer outro componente sanguíneo. Em conclusão:

1.       Houve uma redução importante no seu consumo.

2.       Deixaram de ser administrados na reposição da volémia e para correção da hipoalbuminémia.

3.       Respeitaram-se as indicações precisas na sua utilização.